Poeta, Romancista e Escritor, este Lascivinista de convicção apurada, busca no cotidiano as formas ébrias para a sua escrita rebuscada. Suas obras possuem várias temáticas literárias, algumas com inspiração Byroniana, outras com forte contaminação Azevedista.
As suas obras visuais possuem o cubismo, o surrealismo e o impressionismo como referência para o seu traçado exógeno. Suas construções indeléveis, biltres e fugaz o tornaram mais próximo ao Movimento Lascivinista, um fato prosaico que consolidou a sua arte e poesia em arma livre para o diálogo aberto.
O Poeta
João Justina Liberto tem a força da palavra escrita impressa em sua alma, intento pelo ferrenho desejo lascivo, emergiu num universo próprio e imaginativo da literatura, seu idealismo holístico, vaga largamente pelo inanimado das averbações insanas, seu gosto pelas amargas opiniões sobre o mundo, revitalizam a sua emoção excêntrica e a sua perspicaz inteligência vil, proeminentemente acentuada na sua dinâmica neoclássica.
Nascido na cidade de Salvador no dia 26 de Fevereiro de 1962, o poeta inicia a sua vida literária em um pequeno jornal da cidade de Lauro Freitas, alguns anos depois, já marcado pela paixão as escritas ultrarromânticas de Lord Byron e de Alvares de Azevedo, aumentam o seu amor pelas artes plásticas que envolvem a temática romântica.
O seu interesse pelos objetos em artes visuais influencia a sua escrita culta, e as escolas Renascentistas promovem neste contato uma forte autoridade sobre a forma de fazer a sua arte, fatos que o intuíram na criação de seu gênero poético e visual anos mais tarde em São Luís do Maranhão, onde reside atualmente com a sua família. No entanto, o seu curto romance com o teatro e o cinema, foi o que lhe fez ter uma incrível fascinação pelos livros e pela arte em geral.
A sua história poética é alicerçada ao amor pela escrita inteligente e aguçada dos poetas Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis, Aluísio de Azevedo e Gonçalves Dias. Uma que também envolve a seu amor aos escritos tempestuosos e energéticos de Olavo Bilac e Augusto dos Anjos. Ainda completamente apaixonado por esta arte, propôs-se inicialmente a escrever prosas, crônicas diversas e contos. Nos últimos anos vem se dedicando aos escritos românticos, poéticos e clássicos do Movimento Lascivinismo, temas que até hoje é a sua maior paixão natural.
Sua escrita sempre se assemelhou às folhas secas de um outono trivial, sendo ritualístico em sua descrição textual, compeliu o seu ensejo místico a repetição paisagística da metalinguística impressa, boêmio entre as artes, transgrede uniformemente a composição das formas inerentes a sua retorica, sendo altruísta em sua prosa fácil, remete-se ao delírio do prazer tênue dos contornos frouxos de sua poesia sexualizada.
Notamos ainda que em suas obras literárias, existem a composição de expressões frias, textos poéticos de aparência tristes, imolações de caráter efêmero, uma coesão alegre em enredo romântico, inteligente e conflituoso, permutações de um escrito lascivo, firme, tenebroso, encantador e tempestuoso.
João Justina Liberto dedicou-se a poesia, contos, crônicas, romances e a literatura de ficção. Também é fotografo, grafista e Iluminarista. Os seus textos são papeis escusos, biografados a facetas estranhas de um cotidiano mudo e indiferente. A sua cultura descritiva, ainda que indiferente a sociedade que vive, resiste as impressões de seu passado excludente. Um legado que deve ficar a cargo dos leitores, estando as suas leves notas, dispostas ao uso colorido de suas leituras.
Principais Obras Literárias:
01-
Tipo:
Autor: João Justina Liberto
Principais Obras Visuais:
01-
Tipo:
Autor: João Justina Liberto
Principal Poesia Textual:
"A Cor do Medo"
O preconceito não terá fim meu amor
A segregação não terá fim minha amada
A perseguição não dará trégua meu lírio
E a igualdade não será traga pela rosa...
O preço da escravidão do meu povo
Será paga com a mesma moeda rasa...
O cão comerá a carne que antes ameaçava
A reza será elegida sem a profanação do fel...
E a cicatriz da servidão biltre
fará chagas iguais as nossas....
Cara e coroa
Farpa e faca...
Escravo e servidão
Centelha e ferro....
Tudo será pago no mesmo sangue
Igual ao fosso vil que nos foi dado...
Cara e coroa
Farpa e faca....
Escravo e servidão
Centelha e ferro....
Esta chaga no meu povo
Será paga com escravidão...
Esta farpa no meu vil rosto
Terá culto igual no irmão...
Não sou um belo altruísta
Não sou seu biltre irmão...
O branco vai pagar ao negro
O negro vai cobrar ao branco...
Sangue e faca
Sela e senzala
Fogo e fogueira
Servo e escravidão...
Estupro na senzala
Fome na cozinha
Cuspe ao peito
Rostos ao chão....
Tudo será bem pago na mesma moeda
Moeda selado aos olhos de meu irmão...
Farpa e faca
Sela e cavalo...
Cortes as vis vísceras
Correntes aos grilhões...
Uma Cor que não tem preço
Uma Dor que não tem cura
Uma Corrente que não quebra...
Um vil no pelourinho de sua corda
Um branco no chicote de meu ódio
Um filho meu de nariz cumprindo
Inseminado de forma abastarda
No seio de uma biltre branca...
Uma cicatriz na senzala de teu amor
Um corte de vida vil da tua morte...
Quantos são os biltres terminais de integração
Quando vou te ver passar sobre a plataforma...
Linda na taverna de Byron
Livre de vestido a Azevedo
Toda pintada a Claude Monet
Toda colorida a mão de Da Vinte...
Em que caminhos tomaremos a vida
Quais transportes trabalharemos a mão..
Um foi feito pelo homem
O outro foi feito por Deus...
O sorriso é o verdadeiro ouro de tolo
E sendo um malandro de minha rua
quem vai trazer para mim a felicidade...
Risos de uma emoção fria
Rezas de um coração morto...
Angustia que inicia o tedio
Medo que antecipa o fel...
Uma realeza que destrata a pele
Um cômico que encarece o zelo...
Dúvidas que sugere um medo
Regras que rejeitam as dores...
Sou o teu amor doido de cor
Sou o teu veneno vermelho
Um preto algemado a tua alma
Um negro que vigará a tua dor... (João Justina Liberto)
Autobiografia
Nome: João Justina Liberto
Data de Nascimento: 26/02/1962
Data de Falecimento: 27/11/2009
Cidade Natal: Salvador
Estado Natal: Bahia
País: Brasil
Nome do Pai: João Liberto Silva
Nome da Mãe: Maria Juliana Liberto Silva
Cônjuge: Ana Lícia Araujo Feitosa da Silva
Ocupação: Poeta, Escritor, Romancista, Fotografo, Grafista e Iluminarista
Profissão: Coordenador/Professor do Curso de Mestrado em Ciências Sociais da UFMA
Bairro onde Morou na Infância: Engenho Velho - Bahia
Locais onde Trabalhou: Casa de Cultura Social e Negra de Salvador
Formação Acadêmica: Pós-Doutor em Ciências Sociais e Politicas
Lugares onde Morou: Hamburgo, Londres, Toscana, Nova Jersey, Salvador, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Teresina, Recife, Minas Gerais e São Luís
Ideologia Política: Esquerda de Vanguarda
Gosto Musical: Opera, Orquestras Sinfônicas, Forro pé de Serra, MPB, MPM, Flamengo, Modas Portuguesas e Bolero Argentino.
Gosto Gastronômico: Peixes, Ovos, Frangos, Legumes, Frutas, Arroz Branco, Feijão e Azeite
Religião: Candomblé
Altura: 1,98 Mts
Etnia / Raça: Negra
Cor da Pele: Preta
Cor dos Olhos: Petros, Amendoados e Grandes
Cor dos Cabelos: Castanhos Escuros e Encaracolados
Postura Física: Esguio e Cumprindo
Tipo Físico: Magro, Dedos Longos, Pés Grandes e Pernas Compridas
Tipo Físico Facial: Nariz Grande e Grosso, Afilado, Cabeça Retangular e Queixo Arredondado
Trajes Habituais: Camisa Coloridas, Estampas Típicas, Imagens Afrodescendentes e Sapatos de Couro Escuros.
Escritores Favoritos:
Fernando Pessoa, Jose de Alencar, Gonçalves Dias, Castro Alves, Gonçalves de Magalhães
e Aluísio de Azevedo
Pintores Prediletos:
Candido Portinari, Vincent Willem van Gogh, Salvador Dalí i Domènech e
Oscar-Claude Monet
Músicos Preferidos:
Johann Sebastian Bach, Frédéric François Chopin, Franz Liszt e Johannes Brahms
Título Poético:
Curiosidade:
Idade: 47 anos
Orientação Sexual: Bissexual
Heterônimo: João Justina Liberto
Historiografia: 1962 - 2009
Autor/Criador: Roosevelt Ferreira Abrantes
João Justina Liberto
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