Poesi@s em Relevo


 Fonte: Movimento Lascivinista / Texto: Abrantes F. Roosevelt


C@rtas Abert@s


A carta aberta é um gênero textual público com função de se posicionar sobre um tema. A carta aberta é muito semelhante a uma carta comum, possui remetente e destinatário, data, local e assinatura, bem como uma mensagem direta, direcionada objetivamente do autor para o leitor. Mas neste caso, as cartas abertas escritas aqui devem ter uma denotação muito mais poética e romântica, tendo todos os seus escritos, direcionados aos amados e amantes dos escritores do Movimento Lascivinista.  

Os escritores Roosevelt F. Abrantes, Rusgat Niccus, Ana Carla Furtado, Diegho Courtenbitter, João Justina Liberto, Ubirani Yaraima Aruana, Maria Lívia Ferreira, Jose Cauã Freitas de Carvalho, Ana Amélia Sousa de Ferreira, Eliezer Dante da Silva, Eleonora Fontes Torres, João Franklin Teodoro de Abrantes, Maria Julia Delano de Almeida fazem deste mural de recados, verdadeiras declarações de amor em cartas abertas aos seus amores e amados que forem perdidos, esquecidos e até impedidos de serem amados. Trata-se de um resgate cotidiano, formulado através de cartas e poemas de amor.

Sinopse

Tipo: Livro
Titulo: 1771
Temática: Poesias
Escolástica: Segunda Fase da Escola Lascivinista
Autora: Maria Justa Abrantes
Co-autores: Maria Justa Abrantes e João Franklin Abrantes 
Autores Convidados: Roosevelt F. Abrantes, Rusgat Niccus, João Justina Liberto, Ana Carla Furtado, Ubirani Yaraima, Diegho Courtenbitter, Maria Lívia Ferreira, Jose Cauã Freitas de Carvalho, Ana Amélia Sousa de Ferreira, Eliezer Dante da Silva, Eleonora Fontes Torres, João Franklin Teodoro de Abrantes, Maria Julia Delano de Almeida....


Obs: Este livro esta em construção




1771


“Apego e Ilusão”

Um desassossego
Um desamparando
Um apego na ilusão...

Não há nada no fim da vida
Não há nada no fim do túnel...

Não existe apegos
Não existe ilusões...

Há apenas saudades
Há apenas vontades
Em meu intenso coração...

                   Rusgat Niccus




"Dois Corações"

Um molejo doido
Um surto assalto
Um burburinho solto...

Um beijo frouxo
Um que acalentado
És tu em meu coração...

               Ana Carla Furtado




“Vale Apena Viver”

Deuses
Diabos
Humanos
Vale apena viver...

Água
Terra
Fogo
Vale apena viver...

Vida
Morte
Sofrimento
Vale apena viver

Fome
Guerra
Egoísmo
Vale apena viver...

Dor
Amor
Solidão
Vale apena viver...

Riquezas
Pobrezas
Desigualdades
Vale apena viver...

A vida humana 
É uma adversidade biltre
Uma contradição de termos
Será que vale apena viver...

A vida humana 
É uma odisseia famigerada 
Um caminho repleto de terror
Será que vale apena viver...

Ana
Carla
Kedma
Vale apena viver...

Cazuza
Raul Seixas
Renato Russo
Vale apena viver...

Rusgat Niccus
Diegho Courtembitter
Ubirani Yaraima Aruana
Vale apena viver...

Lord Byron
William Shakespeare
Johann Wolfgang von Goethe
Vale apena viver...

Castro Alves
Machado de Assis
Alvares de Azevedo
Vale apena viver...

Almeida Garrett
Fernando Pessoa
Luís Vaz de Camões
Vale apena viver...

Vincent Willem van Gogh
Leonardo di Ser Piero da Vinci
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni
Vale apena viver...

Pablo Ruiz Picasso
Oscar-Claude Monet
Salvador Dalí i Domènech
Vale apena viver...

Franz Liszt
Piotr Ilitch Tchaikovski
Johann Sebastian Bach
Vale apena viver...

Ludwig van Beethoven
Frédéric François Chopin
Wolfgang Amadeus Mozart
Vale apena viver...

Musica
Pintura
Literatura
Vale apena viver...

A vida humana 
É uma pintura livre
Uma condição de termos
Vale apena viver...

A vida humana 
É musica clássica 
Uma odisseia cantada
Vale apena viver.... 

A vida humana
É uma escritura sagrada
Um caminho repleto de amor
Vale apena viver...

Talvez vale apena amar
Talvez vale apena sorrir
Talvez vale apena viver...

                João Justina Liberto 




“Sonata”

Um piano divino
Um órgão na volúpia
Um violino demoníaco...

Aquelas são as mãos de Mozart
Aqueles são as vibrações de Bach
E esses são os dedos longos de Paganini...

Uma música etérea
Um toque dos deuses
Um som transcendental...

Uma nota biltre
Uma sonata ébria
Um acorde frívolo...

O amor que toca a pele
A paixão que furna a alma
E a dor que fere o coração...

Os céus se eles existirem
Devem ser muito parecidos
Com as músicas de Mozart...

A terra magica se ela existir
Devem ser bastante parecidos
Com as biltres vibrações de Bach...

E os infernos se ele existirem
Provavelmente devem ser parecidos
Com as notas infernais do belo Paganini...

A vida com a musica
É um apelo ao desfrute...

A vida com a musica
É um deleite ao etéreo...

O som é completude
O som é notoriedade
Um afogo para a alma
Um beijo sobre a pele
Um carinho no coração...

              João Justina Liberto




“Carro de Boi”

Uma carroça antiga
Dois eixos para apoio
Um animal para fazer tração...

Uma roda de madeira
Um barulho estridente
Um caminho dentro da mata...

Algum rio desatento
Alguns animais silvestres
Algumas arvores frutíferas...

Um carro de boi solene
Uma toalha estendida na proa
Uma toada de romance ao luar...

              João Franklin Roosevelt Abrantes




“Escolha”

Eu não tive arbítrio
Eu não tive escolha
Eu tive que me render...

Fui jogado aos cães
Fui jogado as sarjetas
Fui jogado ao relento...

E assim como Fausto
E assim como Paganini
Eu tive que me entregar...

A fome foi mais forte
A solidão foi mais consistente
A dificuldade financeira foi mais cruel
E o abandono social foi mais implacável...

Eu tive que me render a encruzilhada
Eu tive que me render ao violino de Paganini
Eu tive que me render ao piano de Franz Liszt...

Eu me rendi a mim mesmo
Eu me rendi a meu fracasso
Eu me rendi a sonata do diabo...

                              Rusgat Niccus




“Chicotes e Foices”

Um amor escondido
Uma paixão entreaberta
Uma escolha mal recepcionada...

Um chicote a direita
Uma foice a esquerda
Um litigio para decidir...

Um conhecido a frente
Um incógnito à espreita
Uma decisão para toda a vida...

Uma menina assustada
Um rapaz muito maduro
E um pai assaz grosseiro....

A vida sobre o chicote
A morte sobre a foice
O futuro sobre a berlinda
E uma vida sobre a prateleira...

Não tive reação
Não tive escolha
Não tive vontade...

Apenas seguir em frente
Apenas caminhei às cegas
Apenas continuei sem pensar...

Tentada pela fuga
Tentada pela inercia
Fugindo do meu coração...

                         Maria Justa Roosevelt Abrantes




"Uma Sonata Narcisista"

A ideologia é um ato de desespero
Um vil conflito pelo ser indesejado 
Uma torpe flamula ensejada pelo algoz... 

Somos a verdade insana da vontade
Somos a mentira indolor do desejo vil
A febre intensa maculada em nós mesmos...

Somos os sonhos febris dos estranhos
Somos as derrotas vis de nossas escolhas
A doença interminável da inveja de alguém...

Acreditamos nas mentiras vis
Que melhor nos convém a vida...

Acreditamos nas verdades cernes
Que melhor nos agradam a carne biltre... 

Somos idiotas de nossa própria sorte
Somos imbecis de nossa própria vida
Um conglomerado de carne apodrecida
Um veiculo inanimado predestinada a sofrer... 

                                            Abrantes F. Roosevelt




"Anajara"

Tudo em São Luís 
Faz-me lembrar dela...

Tudo na ilha do amor
Faz-me sentir saudades....

Tudo na Atenas brasileira
Faz-me ter sonhos com ela...

O escritório da rua de Santa Rita
Tem os traços de sua de sua pele....

A bela rua do sol 
Tem o seu brilho...

A praça Deodoro
Tem a sua cor purpura...

A arvore do panteão  
Possui o seu eterno cheiro...

A biblioteca benedito leite
Possuir aquele perfume de livro...

E o banheiro colonial bar da Firmina
Possuir a sua linda impressão de mulher...

A minha Ana
Era a minha mulher...

A minha Ana
Era o meu pudor....

A minha Ana 
Era o meu amor...

A minha Ana 
Era o meu porvir....

Tudo hoje 
Lembra-me
Os seus beijos....

Tudo hoje 
Lembra-me 
O seus olhos....

Tudo hoje
Lembra-me 
Os seus pelos....

Tudo hoje
Lembra-me 
A sua boca...

Tudo hoje 
Lembra-me 
O seu corpo...

O parque do bom menino 
Era a nossa cama particular...

A praça benedito Leite 
Era o nosso travesseiro...

O espigão Costeiro
Era o nosso lençol...

O coletivo diário
Era o nossa quarto... 

E o velho projeto reviver
A nossa eterna noite de núpcias... 

Hoje tenho apenas as lembranças
Hoje tenho apenas os momentos
Hoje tenho apenas os sonhos inertes
Tempos religiosos de nosso amor profano...

Tenho a lembrança do seu rosto
Tenho a lembrança do seu beijo
Tenho a lembrança do seu corpo
Tenho a lembrança do seu amor
Tenho a lembrança do seu abraço...

Apenas um resquício de seu amor
Apenas um adendo tolo da vivencia...

Uma folha em branco
Um trecho frio de poema
Um aceno de adeus efêmero...

Um dialogo curto
Um beijo desmedido...

Um flerte 
E nada mais....

                           Abrantes F. Roosevelt




"Apostasia"

Um vendaval 
Um turbilhão
Uma tormenta....

Uma formação acadêmica em MBA
Uma formação acadêmica em Gestão
Um curso técnico em Meio Ambiente....

Uma carteira de motorista
Vários cursos de formações
E vários outros conhecimentos agregados....

A vida em pele preta
A vida em pele branca
A vida em pele indígena...

Diferenças
Inferências
Indiferenças....

Um diferencial social atípico
Um referencial humano discriminador
Um refém frívolo nos trilhos de um atirador.....

Faltou respeito 
Faltou presteza
Faltou isonomia
Faltou meu Deus....

Algum altruísmo
Alguma humanidade
Alguma oportunidade.....

Um jeito
Um pleito 
Um deleite....

Em agir
Em dizer
Em falar....
 
Seu respeito
Meu respeito
A minha dor....

            Rusgat Niccus




"Linha de Montagem"

As pessoas de hoje
Ainda não entenderam
A nova estratégia da burguesia....

O trabalho home office
Nos moldes que aqui estão
É apenas a mais nova linha de montagem industrial 
dos velhos capitalistas 

                       Abrantes F. Roosevelt




...Em Processo de Construção Poética...

"Soneto de Desespero"

"Aluvião"

"Sonata do Desapego"

"O Filólogo da Vida" 

"Escape ao Suicídio"

"Um Brasil de Bandeiras"

"Índios"

"Amazônia"

"Homem Negro"

"Meu Amigo Alienígena" 

"Um Disco Voador"

"O Filosofo das Flores"

"Minha Amada Bruxa"

"Dança com Lobos"

"Meu Anjo Favorito" 

"A Magia das Feiticeiras"

"Meu Querido Demônio"

"O Psicólogo Niilista"

  

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